quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O poeta

"...Olhem os pássaros do céu: eles não semeiam, não colhem, nem juntam em armazéns. No entanto o Pai que está no céu os alimenta.
Será que vocês não valem mais do que os pássaros?
...Olhem como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. Eu, porém, lhes digo:
nem o rei Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles."

Fico imaginando ao ler este texto ( me perdoem porque a minha imaginação voa ), que este homem que disse essas palavras, deve ter ficado diante de um lindo campo aberto, repleto de lírios, ouvindo os passarinhos, que iam e vinham dos seus ninhos, e se entregado a este momento de contemplação, dando graças a Deus que está nos céus, por mais uma lição aprendida, vinda de um lugar tão singular como a natureza.
Ele fez o seu silêncio, contemplou o que era belo e deu graças ao Grande Artista.
E depois saiu para ensinar aos homens, o que sua sensibilidade havia aprendido.
Em minha modesta opinião Ele era um poeta!
Que apreciava as coisas simples, que conseguia ver além do que a imagem refletia aos seus olhos, que sofria com o sofrimento da humanidade, e que buscava no silêncio do seu coração a sabedoria que julgava não ter.
Simplesmente um homem..
Que em sua caprichosa imaginação ousou sonhar com um mundo maravilhoso, de direitos iguais, de sonhos iguais, de conquistas iguais.
Talvez utopias, talvez inocência..
Gosto de imaginar que foi conosco que aprendeu a sorrir e a chorar, que foi com a nossa humanidade falha que aprendeu a ser perfeito, e que através da simplicidade de uma flor conseguiu nos ensinar uma das suas lindas lições de entrega e fé.

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