segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Essência ou idéia principal

Começo este texto citando um trecho do livro Comer, Rezar, Amar de Elizabeth Gilbert:
" Lembro-me de algo que li certa vez, algo em que os zen-budistas acreditam. Eles dizem que um carvalho é criado por duas forças ao mesmo tempo.
Evidentemente, há a pinha onde tudo começa, a semente que contém toda a promessa e o potencial e que se transforma na árvore. Todo mundo pode ver isso. Mas são poucos os que conseguem reconhecer que existe outra força em ação aí também - a futura árvore em si, que quer tanto existir que faz a pinha nascer, usando seu desejo para fazer a semente brotar do nada, guiando a evolução da inexistência à maturidade. Pensando assim, dizem os zen-budistas, é o carvalho que cria a pinha da qual ele próprio nasceu."
Penso agora na evolução de uma lagarta, um bichinho feinho, que rasteja, que é frágil, que para sua sobrevivência, queima quem o ameça, mas que trás dentro de si a essência da borboleta.
Talvez ela não saiba que dentro dela existe um ser que pode voar, que pode ser belo... mas, um dia a natureza se encarrega de fazê-la descobrir isto.
Conosco, é um pouco mais difícil, porque ao contrário da lagarta que sofre essa transformação de maneira natural, nós temos que trabalhar muito para que essa descoberta nos ocorra.
Talvez uma vida inteira...
Mas o que é uma vida inteira?
Voltando a comparação com a linda borboleta, o que ela vive pensando que é uma morte, na realidade é o fim de um processo.
Também a nossa vida pode ser comparada a vários processos, e cada processo em sua totalidade uma vida que se concluiu.
O que buscamos, o que chamamos de felicidade, já está em nós, faz parte da nossa existência, é a semente que já existe, mas que nós em nossos caminhos, em nossas escolhas, vamos fazendo crescer, contribuindo para nossa própria evolução.
E acredito sinceramente que este seja o nosso papel aqui neste plano, consagrar o que já foi sonhado para cada um de nós.

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