sexta-feira, 21 de junho de 2013

O meu lugar é no lugar do outro

De observar a vida a gente aprende muitas coisas, e entre tantas coisas esta: o meu lugar é no lugar do outro.
O outro não deveria ser o outro, mas nós mesmos.
Talvez não houvesse assim tantas injustiças, tantas feridas, ressentimentos..
Se enxergássemos o outro em nós, faríamos valer de uma frase tão antiga e sábia "não faça aos outros o que não queres que façam a ti."
Que mundo maravilhoso seria, não?
Porque se eu não quero passar fome, e entendam a palavra fome como descrita em qualquer dicionário - falta do necessário.
O que necessitamos para viver?
Não só de pão amigos, mas de toda palavra que sai da boca do homem. Aquelas que reúnem, que somam, que agregam. E se não existe este tipo de palavra, então que haja o silêncio, o bendito silêncio que também acolhe, que também transforma sentimentos. Silêncios e palavras - alimentos.
Falo de alimentos para a alma - compreensão, carinho, amizade, amor, lealdade, entre tantos outros que poderia citar aqui, se eu não quero este tipo de fome, também não quero para o outro, que faz parte do mesmo mundo em que eu vivo.
Se eu não quero que me machuquem, também eu não devo machucar ninguém.
Se eu não quero que falem de mim, também eu não devo falar de ninguém.
Se quero que me valorizem, também eu devo valorizar.
Se quero me que me amem, também eu devo amar.
Tão simples... mas tão difícil de viver assim.
Porque somos humanos, passíveis de erro?
Esta fala está ficando muito cansativa, até mesmo para mim, que já utilizei tantas vezes em outros textos.
Errar é uma coisa que é própria da humanidade, mas não devemos nos esconder atrás desta humanidade para errar.
Solto um suspiro, porque sei que tudo isto é tão utópico.
Reconheço que meu coração tem muitas utopias, um dia ainda alcanço uma ou duas delas.
Um dia...
Mas se isso não acontecer, mesmo assim, eu as alimento aqui dentro, é o meu pedaço de mundo perfeito, minha porção de paraíso.