quinta-feira, 7 de março de 2013

O Título é de vocês...

"Onde você ainda se reconhece, na foto passada ou no espelho de agora? Hoje é do jeito que achou que seria?"
 ( Oswaldo Montenegro II - A lista ) 
 
Nem em sonho!
Mas será que isto a esta altura do campeonato importa?
 
Dizem que se quisermos saber do futuro, devemos olhar o passado.
E o presente como fica? Não é nele que devemos concentrar a nossa energia?
É claro que concordo: muitos sofrimentos poderiam ser evitados, se a experiência não fosse uma regalia do tempo, mas... e as tantas alegrias vindas de tantas loucuras cometidas?
É claro também, que eu preferia a pele de ontem, mas os olhos...há, esses eu nunca mudaria. 
O olhar prefiro o de hoje.
Aquele que me mantém alerta para antigas armadilhas. Hoje não corro mais os mesmos riscos.
Me lanço a outros!
Não irrefletidos, ao contrário, pés no chão!
Às vezes sim, tenho saudades de mim, ou melhor, daquela moleca que já fui um dia, que subia em árvores, colhia abacates, mangas, e enquanto o suco escorria pela boca e mãos, ficava olhando o tempo pensando em nada.
É bom não pensar em nada, mente aberta, sem preocupações!
Hoje, apesar das preocupações, conservei a mente aberta e livre, livre o bastante para saber que mudanças de planos fazem parte da estrada da vida, presentes que o tempo me trouxe, ou me fez aprender.
Nas páginas do passado, alimentei sonhos que talvez não fossem os meus, e realizei desejos que por um tempo me fizeram feliz!
Cometi muitos erros, fui expulsa de campo, me reinventei.
Não, hoje não me reconheço nas fotos de ontem, olho para aquela menina, e sinto ternura por aquela inocência, por aquele sorriso meio contido de olhos amendoados... jabuticabas prontas para serem colhidas!
Se ela soubesse tudo que iria passar... será que teria desistido?
Hoje, olhando para este passado vejo uma coisa que se escondia por trás daquela aparência frágil de menina - Coragem!  
Talvez, essa tenha sido a palavra da minha vida, ou melhor dizendo, é a palavra da minha vida, que eu não conseguia reconhecer quando me embrenhava por caminhos que não sabia se deviam ser seguidos ou não.
Sim, isto eu vejo entre o ontem e o hoje e o amanhã...
Coragem!
 
 
 
 



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