Lilázes! Azuis!
Quando a vida se aquieta, quando o que está fora não tem mais poder, outro mais forte, navega por sobre a existência!
E então se abrem outros olhos, mais perspicazes, que tudo vêem.
Olhos na alma, olhos da alma!
Sábia! Eterna!
Para ela não há segredos, descobriu o mundo através de todos os séculos!
Viajou por imensidões e observou a vida sendo gerada!
No seu vôo delicado e manso, viu o que ninguém poderia ver!
Respirou o primeiro ar e sentiu o primeiro beijo!
Beijo... beijo!!
Soube que através do beijo tudo se uniu!
E não há mais um ser vivente que não esteja unido à ela!
De velha que é, conhece todos os rios e caminhos...
Turvos e curvos...
Na névoa ela dança, e se extasia de prazer, ela se une e se rompe...
Nua!
Pura!
Na noite escura, ela se encontra e sabe do que é feita!
Da terra, do ar, da água, do fogo!
E ela se dissolve e se espalha e se queima!
E nas cinzas se refaz!
Nas chuvas ela percebeu que a vida necessita de morte!
É um círculo, um ciclo, uma aliança!
Ela é caçadora, mas também é a presa!
Presa de um amor do qual não se foge, mas se busca!
E essa busca a mantém sempre vigilante, sempre à espera...
Porque ela sabe que quando a vida anoitece é para lá, para o lugar deste amor, que o Destino a irá levar!
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