Fiquei olhando para essa imagem e pensando: dentro de uma casca dura e seca, ainda existe vida.
Não estudei teologias, nem tenho conhecimento sobre o mundo, o que penso são apenas instintos, vindos de diversos caminhos, pelos quais já trilhei; pessoas com quem conversei e que alimentaram minha pequena alma.
Sempre fui uma pessoa que observa a vida e que encara pequenos sinais como luzes que podem orientar-nos quando estamos perdidos. Talvez eu não tenha caminhado pelas estradas mais fáceis, e isto fez com que me sentisse sem direção muitas vezes, mas também penso que existe no universo uma força que gira à nosso favor, fazendo com que tenhamos a percepção de enxergar com outros olhos o que antes nos parecia morto.
Como o pequeno broto da imagem que mesmo frágil rompe a casca dura, assim é a energia que nos impulsiona a seguir em frente, apesar de todas as forças contrárias que querem ceifar nossos sonhos, alegrias, motivações.
Rubem Alves, meu querido poeta dos jardins, nos fala que é necessário passarmos por metamorfoses para que alcancemos a nossa plenitude. Metamorfoses que para mim significam processos de morte e vida. Morrer muitas vezes para tudo que nos causa dor e sofrimento, e renascer, com mais força, com mais brilho.
Essa morte que nos visita sempre que precisamos de uma mudança, e para a qual devemos sempre abrir a porta, é uma irmã que nos abraça, como a nos dar esperança de que dias melhores virão.
Temos em nós a sabedoria das lagartas que trazem em si a essência das borboletas.
Alcancemos os céus!
"Sair de seu poço sombrio de desespero e entrar na luz pode parecer doloroso no início: claro demais, excessivo, cedo demais.
Mas assim que você inspirar o ar e o amor com sabor de mel ao seu redor, você se perguntará por que já teve dúvidas para sair.
E a primeira vez que você esticar seus braços para tocar o céu... felicidade!"
(Alma hippie)
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